Além de contribuir com a preservação ambiental, a logística reversa também traz diversas vantagens para as empresas que adotam esse sistema. Confira o post!
A logística reversa é um processo que possibilita que os consumidores possam devolver à empresa um produto que já foi utilizado para que, assim, o fabricante realize o descarte adequado do material.
Ou seja, enquanto a logística convencional torna possível que os mais diversos produtos sejam levados aos consumidores em qualquer lugar do globo, a logística reversa se destina, em especial, a tratar dos resíduos pós-consumo.
Além de contribuir para a sustentabilidade, preservando o meio ambiente, as empresas que aplicam a logística reversa também se destacam positivamente perante o mercado.
Prossiga com a leitura e saiba como funciona a logística reversa!
Logística reversa: o que é
A logística reversa é resultado da Política Nacional de Resíduos Sólidos, criada por meio da Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010.
Com isso, os importadores, distribuidores e comerciantes também passaram a ter responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, dando a eles uma destinação ambientalmente adequada.
Logística reversa e sustentabilidade
A logística reversa é uma ação sustentável, pois contribui com a preservação ambiental ao evitar o descarte errado de materiais e promover o seu reaproveitamento.
Nesse processo, os produtos que saem da indústria retornam para ela após o fim de sua vida útil para serem transformados em novos produtos.
Qual sua importância?
Ela é muito importante porque ajuda a preservar o meio ambiente ao reduzir o volume de resíduos (lixo), reutilizando os materiais e dando a eles uma destinação correta.
Além de contribuir de forma positiva com a questão ambiental, ela traz vantagens para empresas nas mais diversas áreas de atuação. Confira quais são as vantagens a seguir!
1 – Possibilidade de reduzir custos
Dependendo de como a logística reversa for trabalhada, é possível reduzir de forma significativa os custos com insumos. É o que acontece quando as matérias-primas são reutilizadas para fabricar outros produtos, por exemplo.
2 – Aperfeiçoamento do processo produtivo
Além de sua aplicação no pós-consumo, ela pode ser uma forma de recolher produtos que apresentaram defeitos, por exemplo.
Assim, você pode avaliar o volume de devoluções por defeito e identificar a ocorrência de falha na gestão de estoque ou de distribuição, de modo que esses defeitos e falhas possam ser superados, através da melhoria em seus processos.
3 – Maior vantagem competitiva
Ao assumir compromissos com a sustentabilidade e outras ações de responsabilidade social, as empresas conquistam a simpatia de uma grande parcela de consumidores e melhoram a sua imagem frente ao mercado de um modo geral.
Portanto, além de sua relevância ao contribuir com a preservação ambiental, a logística reversa pode ser um grande diferencial para agregar valor à sua marca.
Logística reversa é obrigatória para determinados segmentos
Se para alguns setores da economia a logística reversa é uma opção, para outros ela é obrigatória em função de atuarem com materiais altamente poluentes e perigosos para a saúde humana.
É o caso dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de produtos como eletroeletrônicos e seus componentes, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, agrotóxicos, lâmpadas fluorescentes, de mercúrio, de vapor de sódio e de luz mista.
Quais são as etapas da logística reversa?
Inicialmente, ela surgiu para promover o descarte adequado de materiais perigosos. Mas, há outros conceitos de logística reversa, pois ela pode ser aplicada em diversas fases do ciclo de vida do produto. Veja exemplos a seguir!
Logística reversa no pós-venda
Quando o produto é devolvido para a cadeia de distribuição (comerciante, distribuidor ou fabricante) antes de ser utilizado ou com pouco tempo de uso por apresentar algum tipo de defeito.
Nesse caso, é fundamental que a empresa tenha uma política de gestão clara, para que seja possível controlar o fluxo e os dados logísticos, realizando os ajustes que se fizerem necessários.
Também é essencial que a empresa tenha conhecimento sobre as razões que levaram o produto a ser devolvido, visando melhorar o seu processo.
Os motivos que levam a uma logística reversa no pré-consumo são:
- defeitos de fabricação;
- avarias no produto ou na sua embalagem;
- falhas na emissão do pedido, tais como erro em relação ao modelo ou à quantidade solicitada;
- recall;
- mercadorias consignadas e outros.
Logística reversa no pós-consumo
No pós-consumo, é a que está mais ligada às questões ambientais. Ela cuida do descarte adequado de produtos que chegaram ao fim de sua vida útil e também de materiais poluentes, como os que foram citados neste texto.
A empresa que recebe o produto de volta pode reutilizá-lo para outros fins, através da reciclagem ou do desmanche, e destinando os resíduos de forma correta. Portanto, as empresas que aplicam a logística reversa sem que atuem com produtos perigosos, ganham um diferencial competitivo.
Como fazer na sua empresa
Neste conteúdo, você viu que a logística reversa traz diversos benefícios, não apenas para o meio ambiente, mas também para as empresas, que ao assumir uma responsabilidade social agregam valor à sua marca.
Apesar de ser obrigatória apenas para segmentos que lidam com produtos perigosos, ela pode ser aplicada por empresas de qualquer porte e área de atuação.
Então, aprenda como implementar a logística reversa no seu negócio. Para ter esse diferencial competitivo na sua empresa será necessário percorrer alguns passos. Confira!
Defina uma política para trocas e devoluções
O Código de Defesa do Consumidor estabelece algumas regras para troca e devolução de produtos pré-consumo, em função de defeitos ou avarias, definindo um prazo para que o cliente possa ter o ressarcimento do valor pago pela mercadoria em questão.
Porém, no caso da logística reversa, a sua empresa pode definir uma política de trocas ou devoluções própria, tanto no pré quanto no pós-consumo.
É fundamental, no entanto, que você tenha métodos e critérios claros para a devolução do produto, definindo também quais serão as formas de compensar o cliente. Também será necessário definir as etapas envolvidas no processo, tais como frete, notas fiscais e destinação do produto após a devolução.
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